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terça-feira, 10 de outubro de 2006

Garotas Perdidas


Providenciando para que os quadrinhos não fiquem no ostracismo neste blog, dou o pontapé inicial unindo o útil ao agradável. Pra começar com o pé esquerdo (porque eu sou canhoto e não gosto de certas convenções) vamos para o útil falando um pouco de Alan Moore, autor de obras fascinantes como a Liga Extraordinária e V de Vingança, ambas adaptadas terrivelmente para os cinemas – não por culpa dele óbvio. Este homem é um marco das histórias em quadrinhos, ele revolucionou o universo dos rapazes dados ao entranho costume de usar cuecas em cima das calças com a surpreendente série Watchmen. Que relata a história de um super-herói no mundo real, sofrendo com todos os problemas mundanos e truístas que são deixados nas entrelinhas (ou quadros) dos gibis pelos demais combatentes do crime. Quanto ao agradável, sua mais recente criação chegou há pouco tempo à Inglaterra, e trata de um assunto ainda não explorado por ele, a Pornografia. E quem o ajuda a contar sua primeira fábula lasciva é ninguém menos que as agora crescidas Wendy, de Peter Pan, Dorothy, do Mágico de Oz e Alice, de Alice no País das Maravilhas. Lost Girls descreve como elas se conheceram e, detalhadamente, narra as experiências sexuais que viveram a partir daí. Para os mais puritanos não vou sequer me dar ao trabalho de uma suposta justificativa, para os que ficaram até agora, eu conto mais. Este trabalho não tem o vão intuito de distorcer os baluartes do universo infantil, pelo contrário, Moore e a desenhista Gebbie querem dissociar a pornografia das suas bases mais horríveis, trazendo o assunto para um lado mais humano. A obra levou 16 anos para ser concluída, foi lançada pela Top Shelf numa caixa contendo três volumes e já teve as tiragens esgotadas.

2 comentários:

.barile disse...

isso tb podia virar filme...

Rafael disse...

com quem será que a Alice perdeu a virgindade.