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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sai de Retro!

Davis Reimberg conseguiu com que seu vídeo pró Xuxa tivesse quase 88 mil exibições em menos de um dia. Reimberg ataca Danilo Gentili, repórter do CQC, acusando-o de difamar a rainha dos baixinhos. Danilo, em resposta, divulgou uma promoção na cruza de micro-blog com site de relacionamentos, o Twitter: aquele que fizer o melhor vídeo "Messeu com o Danilo, messeu comigo", título-sátira do "Mexeu com a Xuxa, mexeu comigo" de Reimberg, ganha "BONE/BLUSA/CAMISETA/TENIS/JANTAR e claro, RT", nas palavras do tuiteiro. Não demorou muito e já pipocaram as primeiras performances. Essa disputa demonstra bem o potencial do site em transmitir informações e, mais que isso, mobilizar pessoas. O Twitter, realmente, dá medo.

Seja mais um a conhecer a obra-prima de Davis Reimberg:


Não demorou muito para ser criado um perfil só com os contra-ataques a esse vídeo, confira aqui. Vale mais ou menos a pena.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Realidade Científica

Se você é não é um daqueles entusiastas por ficção cientifica, então deve com certeza ler esse post, porque, a partir de agora, essa ficção tem seus dias contados pela realidade aumentada.

Realidade aumentada é a tecnologia que une o real ao virtual. Através de uma webcam, utilizando-se de uma folha com um marcador é possível visualizar uma imagem tridimensional interativa. Os marcadores são informações depositadas no papel ativadas por meio de cálculos feitos pelo computador. “Topps 3D Live” é um dos pioneiros, o game de cards de beisebol projeta jogadores em 3D e permite ao usuário rebater ou pegar as bolas arremessadas.

Mas não é só o ramo dos games que ganha com isso, áreas como as da publicidade, literatura, educação e médica também fazem proveito dessa invenção. Um mercado promissor latente desde os anos 1990, que chega só agora devido ao poder que os velhos processadores não tinham, a velocidade e número de cálculos.

Propagandas de automóveis cuja visualização do carro pode ser feita internamente ou por vários ângulos, bem como mudar a sua cor. Livros que deixam os personagens mais próximos dos leitores, estruturas anatômicas possíveis de se manipular nas aulas de ciências, e cirurgias que podem ser evitadas graças a essas projeções são apenas alguns exemplos da vitória da ciência sobre a ficção.

Óbvio que somente por palavras uma novidade dessas fica totalmente descaracterizada. Confira abaixo uma reportagem que detalha bem a realidade aumentada. É ver pra crer, porque aqui a gente mata cobra e mostra o pau em todas as dimensões:

Muito Amarelo, Pouco Vermelho

O senador Eduardo Suplicy nesta terça-feira, 26, ergueu para o presidente do Senado, José Sarney, um vestuto e oportuno cartão vermelho. O senador Heráclito Fortes, a fim de desviar o assunto, contestou a sinceridade do petista que, então, sacou rápido o retângulo escarlate para o Heráclito, deixando o democrata vermelho de vergonha. Vergonha essa descabida, porque naquela Casa se tem de tudo, menos vergonha, isso qualquer um sabe.

O que Heráclito afirma tampouco é mentira, Suplicy titubeou ao não apresentar o cartão a Lula, e principalmente por ignorar o amarelo de Mercadante, cor que o representa muito bem daqui em diante. Essa bagunça toda se dá porque as faltas cometidas no Senado, tão vistosas e constantes, alcançaram um ponto em que razão em meio a essa baderna, assim como de técnico, todo mundo tem um pouco, o triste é que só alguns realmente vão pro jogo. O cartão de Suplicy pôde até encorajar risos, mas eles não são de deboche realmente, não, são velhos conhecidos usados para esconder mentiras, os sorrisos amarelos. O protesto gerou polêmica, e isso já é um resultado positivo, vislumbramos talvez o prenúncio de alguma mudança nesse zero a zero.

Para quem gosta de ver os melhores momentos, confira comigo, no replay:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Será?

Ex-ministra do Ambiente deixa o PT de Lula e pode candidatar-se à presidência
A senadora e ambientalista brasileira Marina Silva, que há 30 anos integrava o Partido dos Trabalhadores (PT), do Presidente Lula da Silva, anunciou ontem em Brasília que abandona o partido, mas deixou para mais tarde a decisão de uma eventual candidatura à presidência. Está em conversações com o Partido Verde (PV), que quer apresentá-la como candidata às eleições presidências de 2010.
...
Se Serra e Aécio não entrarem logo em acordo e Dilma continuar gaguejando sempre que é confrontada, a primeira vez que o cargo de presidente da república é ocupado por um negro ou por uma mulher podem ocorrer ao mesmo tempo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

64 Anos com Raul Seixas

Raul Santos Seixas não nasceu há dez mil anos atrás, mas sim no fatídico 28 de Junho de 1945, em Salvador, Bahia. O mundo começava a sanar a ressaca da Segunda Guerra Mundial, porém, para nós brasileiros, a dor de cabeça estava só começando. Seu primeiro contato profissional com a música acontece durante a Jovem Guarda, nos anos 70, como produtor musical. Os principais nomes produzidos por Raul foram Jerry Adriani, Leno e Lilian e Diana: a segunda linha de artistas da já questinável Jovem Guarda. Deixou seus pupilos entrarem no ostracismo pelas suas próprias letras e partiu para a carreira solo. Como cantor e compositor, lançou no Festival da Globo de 1972 duas músicas: "Let me sing" e "Eu Sou Eu Nicuri é o Diabo". No ano seguinte, seu primeiro sucesso,"Ouro de Tolo", criticava o milagre econômico da ditadura com versos como: "Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais/no cume calmo do meu olho que vê/assenta a sombra sonora de um disco voador". É fato que, à época da composição desta letra, a ditudarua exigia subjetividade dos músicos para conseguirem gravar qualquer crítica. Agora, esperar sonoridadade da sombra é pedir demais até para o Inri Cristo.

A partir de 1974, une-se ao escritor brasileiro mais comercial de todos os tempos para escrever letras alternativas: Paulo Coelho espanta até a mosca da sopa e parte com Raul a disseminar o conceito clichê da "Sociedade Alternativa", uma mistura de anarquia, bordões repetitivos e um porre de cachaça ruim. Em 1976 lança o disco "Há Dez mil anos atrás ", que apresenta dois dos maiores sucessos do cantor, "Maluco Beleza", em parceria com Cláudio Roberto e a música título do álbum, escrita com Paulo Coelho. Pelo menos, era o que informava o encarte do disco. Em uma época na qual o intercâmbio cultural e os meios de comunicações ainda eram obsoletos, as músicas lançadas nos EUA e Europa demoravam anos para chegarem até o público brasileiro. Não para Raul e sua trupe que, com muito dinheiro e tempo livre, viajavam ao norte rumo a novas tendências e inspirações. Porém, no caso de "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás", uma nova interpretação para o termo "inspirado" foi criada. Seis anos antes, Elvis Presley havia lançado em um de seus discos a música "I Was Born About Ten Thousand Years Ago" (ver vídeo acima). Paulo Coelho, anos após a morte de Raul Seixas reconheceu o fato, explicando-se: "Realmente, a música foi inspirada na do Elvis. Era uma maneira de Raul prestar sua homenagem ao seu maior ídolo". Se eu me inspirar em Machado de Assis e lançar, em inglês, um livro initulado "The Posthumous Memories of Bras Cubas", eu teria o crédito pela obra? Bom, em plena década de 70, Raul e Paulo Coelho tiveram. E muito.

A carreira e a própria vida de Raul, a partir do início da década de 80, entraram em uma bipolaridade perigosa entre o êxtase e o ostracismo. Refletidas tanto na sua música, com alternâncias entre sucessos e totais fracassos de vendas, quanto no âmbito pessoal, entre relacionamentos amorosos intensos, fama, solidão e alcoolismo. Em uma de suas últimas entrevistas, o compositor argumentou sobre suas oscilações durante a vida: "Eu chamo isso de reciclagem. E saio lúcido, pois toda vez que eu desapareço, eu volto com novo caminhos abertos". O maior risco de mudar várias vezes de caminho durante uma trajetória é não chegar a lugar nenhum. Raul Seixas foi encontrado morto pela sua empregada em 21 de Agosto de 1989, vítima de parada cardíaca decorrente de uma pancreatite aguda fulminate. Vinte anos se passaram. Desta reciclagem, ele ainda não voltou.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Campanha Fora Sarney: Entre Nessa Onda

Tá aí de bobeira? Folha de S. Paulo "Senadores governistas costuraram ontem [12/08] um acordo para livrar tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), de punições". Vem com a gente. Tá no inferno, abraça o capeta. Calma, Sarney, é com respeito.

Se o fiel amigo está meio nervoso, eu recomendo assistir esse vídeo numa outra oportunidade.

Onde Não há Fumaça há Voto

Em São Paulo está proibido fumar em qualquer ambiente fechado de uso coletivo, incluindo restaurantes, estabelecimentos comerciais, empresas e bares. A Lei Antifumo foi sancionada pelo governador do estado, José Serra, e entrou em vigor no dia 07 de Agosto. Você, fumante ou não- fumante, provavelmente acredita que a dita lei fora criada para diminuir os malefícios à saúde provenientes do cigarro. Eu não.
A Lei Antifumo do Serra é a lei com a maior aprovação popular desde quando ficou acordado que matar criancinhas no berçário não era legal: Segundo o gabinete do Governador, 94% da população do estado aprovam a nova medida. Levando em conta que São Paulo é um estado formado por mais de 40 milhões de pessoas, cerca de 38 milhões estão do lado de José Serra.
Vamos aos fatos.
Em 2002, o mesmo José Serra concorreu à Presidência da República pelo PSDB. Perdeu para Lula no segundo turno por uma diferença de quase 20 milhões de votos, recebendo aproximadamente 34 milhões. José Serra é o atual pré-candidato do partido tucano à sucessão presidencial de 2010. E, se quiser ser presidente um dia, terá que elevar sua popularidade.
Partidários do governador apontam como argumentos favoráveis, além dos relacionados à saúde, a existência desta mesma lei em países desenvolvidos. Ok, você pode pensar, "Se isso já acontece nos Estados Unidos e funciona, deve dar certo também no Brasil". Porém, a tal lei antifumo é datada de 1996, inicialmente em vigor na California. José Serra foi Ministro da Saúde do governo FHC de 1998 a 2002. Será que ele nunca pensou em por tudo isso em prática antes? Será que ele só pensou agora sobre isso, coincidentemente um ano antes das eleições? Você, fumante ou não fumante, pode achar que sim. Eu não.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mona Lisa sofre Retaliações

Nesse primeiro domingo, 2, no Louvre, uma mulher atacou a Mona Lisa com uma xícara de café. Ela arremessou o objeto matinal sobre a cabeça dos visitantes acertando o vidro que protege a tela. Para a sorte da musa de Leonardo, o vidro é feito à prova de balas. Mesmo assim, a xícara casou alguns arranhões na proteção, ao que tudo indica, tão boa quanto o espírito investigativo do porta-voz do museu "Parece que o ataque foi feito por alguém que queria chamar a atenção". E eu achando que a Gioconda só tava com sono.

Quanto à Mona Lisa, relatos não confirmados dizem que ela apenas respondeu a agressão com um olhar blasé enigmático, mas passa bem.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Hell Dog of a President

Barack Obama é um presidente que não está no gibi. Ou não estava. Reconhecido nerd fã de Homem-Aranha, o presidente americano já figurou em mais de uma história em quadrinhos. Em modesta estréia, foi salvo de terroristas pelo cabeça-de-teia, com direito a aperto de mão e aquele jeito Obama de encarar desventuras, sereno, mas com um sorrisinho no canto da boca. Em seguida veio sua biografia narrada quadro a quadro - e assim como nas eleições, vendeu mais que a história de McCain - intitulado “Presidential Material - Barack Obama”, a HQ teve as duas primeiras edições esgotadas.

Agora, quem faz as vezes de herói é seu cachorro, Bo Obama. “The first dog of the United States” teve seu retrato divulgado oficialmente pela Casa Branca, a mesma foto que resplandece como a mais nova figurinha de beisebol e, como toda figura desse gênero, consta nela os objetivos do Portuguese water dog “fazer amigos com ‘cãonatários’ estrangeiros”. Democrata pra cachorro, ele terá suas aventura direcionada a crianças, conforme informa o site da Bluewater Productions, responsável também pela adaptação de outras figuras políticas como Colin Powell e Condoleezza Rice. Infelizmente a editora se empolgou, e agora vai lançar também “Female Force – Stephenie Meyer”. Mas numa segunda consideração até que faz sentido, comparada a outras grandes mulheres biografadas, Meyer num passa de uma vira-lata.

sábado, 1 de agosto de 2009

TV, Minha Preciosa

Há pouco me deparei com uma cena muito curiosa. Meu irmão assistia a um programa televisivo de qualidade singular e, se me permitem dizer, de pertinência não menos única: Vídeo Show. Tudo bem, não é uma coisa tão curiosa assim.

Ao contrário do que o senso comum preza, televisão não é para qualquer sedentário. Pelo menos não para os de dedicação duvidosa ao ócio. A tevê movimenta mais as pessoas e o comércio do que se possa imaginar. Como ficar sábado em casa sabendo que e Zorra Total está comendo solta com piadas dolorosamente eternizadas por Max Nunes, e que ainda reverberam no "engraçadíssimo" Jô Soares. Parece que os programas são feitos para tirar o ser humano de casa, principalmente pelo viés da vergonha alheia. Você já sentiu vontade de desviar o olhar quando na apresentação de piadas, romances ou reconciliações mais piegas que disque mensagem? O leitor que divide semelhante sentimento está bem menos sozinho do que se pensa. Porém, por que diabos várias vezes nos vemos e vemos outros tão atentamente presos à tela? Resistindo firmes como batatas mofando no sofá diante daquela programação. Simples, os programas são justos com o telespectador: se você é vagabundo o suficiente para ficar assistindo Vídeo Show entre outras aberrações, esta é a prova cabal de que você merece estar desempregado. Não é coincidência que os jornais são transmitidos no horário do almoço, pois é a hora que alguém ocupado tem para se atualizar, do meio dia às duas horas, depois disso a emissora joga na sua cara o quão inútil você é ao acompanhar Vale a Pena Ver Denovo. Olha a sutileza nesse nome. Provavelmente o gênio que o inventou leu o "Vale" de maneira sarcástica e omitiu um vocativo no final: otário. Não bastando isso tudo, os poucos programas legais dos canais abertos passam de madrugada. Mais uma vez a justiça televisiva em ação, quer ver alguma coisa que preste? Então faça por merecer.

Meu irmão assistia com tanta atenção a tal receita de doce feita por uma atriz de novela das 7, que fiquei curioso e perguntei pra ele por que ele via aquilo com tanta dedicação. Você vai fazer essa receita pelo menos? Não, eu nem gosto desse doce. Então por que você tá assistindo isso com tanto afinco? Num sei. Meu irmão riu. Riu de si mesmo. E logo em seguida tomou um providência: continuou assistindo ao programa, com a mesma diligência. Ele não percebeu a sucção televisiva da primeira, nem da segunda vez, é como se tivesse sendo puxado por aquela receita de doce de morango com massa folheada.

Parece que às vezes a tevê tem o poder de lavar as nossas mentes. Mas em certos lapsos de razão você se depara com sua própria situação, consegue ver a si mesmo sentado olhando com a boca semi aberta e os olhos vazios. Isso não acontece à toa. A TV nos leva para outro lugar, um lugar bem melhor que o das receitas da atriz, que os pretendes daquelas beldades de sábado à tarde, que os casos de família. Ela nos leva para uma sala branca, estéril, passiva, nada nela presta, nada nela tem utilidade. Nunca me senti tão bem.

You Can Stand It, Anyways

As soon as he got out of the car, Martin felt uneasy, it wouldn’t be much of a problem if he wasn’t also lost and stinking. The only thing he remembered was that he doesn’t remember anything, except a bottle of whisky, which brought him to a certain thought: independently whether he would remember it or not, it certainly wasn’t a good thing to be remembered. But the memories strike hard, and there is the doctor telling Martin about his cancer, about how long he expects him to live, about nice things he should do, embroided in gentle and kind words, that just make everything worse. Eloquence in dreadful situations only shows how awful and appalling the situation is. And now we are back where we started, something must be done since consciousness noisily pounds back at the doors of reason, the answer in his mind is as quick as the hand's movement towards the pockets: buy another bottle of whisky, and hope to remember and do everything again next time he gets aware of this coward and doomed endless nowhere whirled situation.