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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Compêndio do Besteirol Instantâneo ou Escrito das Pseudo-Dúvidas Retóricas

Sentados e bebendo no boteco, alguém diz: “então, vocês viram aquela parada sobre a CPMF, eu vi que...” eis que um grito desesperado cruza a mesa “Não! Pára! Eu tô no bar! Num vim aqui pra conversas inteligentes!”. E logo complementa com um ar tão sapiente que fede a Sócrates, “aqui é lugar pra falar besteira”. É! Depois desses argumentos como discutir? Sempre há como discutir. O que é considerada uma conversa inteligente? Seria um fato desconhecido pelos demais, pretenso acontecimento exigente de um neurônio ou dois para ser entendido? Seria algo que não um clássico de um minuto e vinte do YouTube? Ou talvez, pra variar, a falta de equiparação “intelectual”, também representada pelo nome “inteligência”? Quando digo isso eu estou fazendo menção não à inteligência cognitiva, aquela responsável pela capacidade de raciocinar, fazer abstrações etc., mas sim à impressora de sensações, de que algo acima de nós está sendo proferido, um momento que nos parece colossal, assustador, distante. O que eu classifico como inteligência aqui não está no patamar do absoluto, pois iremos encontrá-la confortável e acomodada na superfície do relativo. Não é a esperteza de outrem, e sim a falta da nossa, logo, uma inteligência hipotética, que, doravante, será a nossa companheira nesse texto. Destarte, eu pondero, se o bar não é lugar para conversas inteligentes, se é um recinto que preza pela incondicional e inexpressiva necessidade de respirar, então, eu me pergunto, onde encontro o dito lugar? Já que ele não é o boteco, onde fica? Eu tento de forma vã visualizar esse antro cultural. Estaria ele entre o horário do almoço e o cochilo, ou então na hora do trabalho? Na faculdade? – forcei agora, eu admito, talvez seja a ansiedade tomando conta de mim, o desespero de descobrir como alcançar o limbo das idéias, dar uma passada lá, um ambiente no qual as exposições das minhas opiniões medíocres possam ser feitas em paz, quem sabe até exista gente morando lá, e elas não superestimem minhas considerações, nem subestimem elas mesmas.

Contudo, num segundo pensamento, será que seria interessante visitar uma vizinhança assim? Começo a ver que o lucro seria pouco, para mim, e para Maria Rita, Arnaldo Antunes, Ney Matogrosso, até mesmo os Mutantes. O que seria deles se não fossem as rodas de botecos não pensantes? E as bandas universitárias? Um genocídio de fato. O que faríamos se não pudéssemos negar o vangloriado e apoiar o podre, de que forma eu poderia dizer que Clarice Lispector é um lixo, e abraçar com tapas nas costas e argumentos levianos, mas pernosticamente embasados, Paulo Coelho. Também pode-se acusá-lo, sem ter a mínima noção do porquê, essa é um pouco menos criativa, mas, nessa altura, criatividade é usar boina. Teria eu que deixar aquele meu óculos de armação preta grossa e quadrada na gaveta? E todos aqueles filmes que eu assisti com muito sacrifício, xingando cada minuto passado para no instante seguinte elogiar cada movimento de câmera, cada cena subjetiva, conferida a rigor no Google, pobre Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Agora, eu não estou aqui também pra tirar um peso das suas costas, leitor, seu coitado, que assistiu Cães de Aluguel e riu do começo ao fim pelos motivos errados, patético. Na verdade esses pseudos duelos intelectuais são quase em sua totalidade engraçados, não há como não deixar de, pelo menos, rir por dentro daqueles comentários totalmente fora de contexto, geralmente longos e pedantes, cujo propósito é manter uma posição vazia e extensa. Ah, o subjetivo! Ah, arte! O inútil pelo inútil. Conciliar o bom gosto ao novo e ao mesmo tempo mostrar-se popular parece difícil até “Encontros e Despedidas” na abertura da novela das oito. Behind Blue Eyes, duas versões no PC, uma na rua, The Who! Selecionar o trigo dentro do joio é uma tarefa árdua. Pegue agora um caderno, misture tudo o que eu escrevi, apostos e adjetivos extras a gosto, pitadas de Chaves e momentos nostálgicos anos 80, mais um pouco do seu riquíssimo conhecimento de mundo e vomite isso tudo pra cima de alguém depois da quarta cerveja, pronto, você agora tem a verdadeira conversa inteligente de boteco. Aprecie com moderação, por favor.

19 comentários:

caró disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
caró disse...

É topera cansei das suas conversas "inteligentes" nos butecos, ainda mais se for sobre futebol ¬¬
hahahahahahhahaha
É...os butecos não são mais os mesmos...rsrsrs

Ŧóрєrš disse...

Ha, ha, ha... então... futebol é o pouco que se salva em boteco.

Biguetti, acha aí os erros ortográficos que eu num quero ler de novo essa bosta desse texto. Ha, ha, ha!!!

Anônimo disse...

Agora eu tenho um terceiro emprego??? Revisora dos textos do Topera!!! hiuahsiuha KD... ;)

Ŧóрєrš disse...

Opa, já que o Fernando num dá a mesma atenção que eu dou aos textos dele... ha, ha, ha... zuera (ou não?) por favor, fique à vontade.

.barile disse...

É q eu não gosto de conversas inteligentes em blogs.

Ŧóрєrš disse...

Peraí, eu imprimo isso aqui e a gente discute num buteco.

Eca...

Anônimo disse...

Apoiado, Topers!!!
A melhor das características de um boteco num seria justamente a completa falta de preconceitos?? A verdade é uma só: Tanto os "Evolutores" quanto os "Reprodutores" necessitam da facilidade de se socializar que o boteco proporciona, cada qual para sua finalidade.


hshs... hshs... hsiuahsaiusahis...
às vezes nem eu me agüento...

Ŧóрєrš disse...

Carol, essa sua teoria foi uma das coisas mais inteligentes que eu já ouvi... e se eu não me engano foi num boteco! Não, agora cê trata de escreve isso aí e publicá, senão eu vou escrever e roubar a autoria da idéia do texto... ha, ha, ha...

.barile disse...

A teoria encontra um problema: os homossexuais (não os da Uel, mas aqueles que realmente gostam de pessoas do mesmo sexo).
Seriam eles todos considerados, por essa teoria, evolutores - por não serem, em hipótese alguma, reprodutores?

Anônimo disse...

Poque os homossexuais não seriam reprodutores?? Penso em reprodução como instinto, que faz com que o ser humano procure o sexo, a fim (inconsientemente) de perpetuar a espécie. No caso dos homossexuais, a busca da satisfação sexual de forma alguma anula sua função reprodutiva: uma lésbica não para de ovular nem um gay (masculino)para de produzir esperma, porque não transa com o sexo oposto. A reprodução em si acaba sem muita importancia, sendo que até mesmo casais de sexos opostos podem não reproduzir. Trata-se, portanto, de reprodução como instinto básico que faz todo ser humano buscar o sexo em variadas intensidades.
Acho que compliquei muito... rsrs ;)

.barile disse...

Tá bom, mas e os evolutores, fazem o q? Procuram a cura da Aids? Ahh.. to achando bem menos tedioso ser do primeiro grupo...

Ŧóрєrš disse...

Cala boca, Fernando, a Carol te moeu nessa explicação.

Anônimo disse...

(Essa conversa tah muito séria...)

Mas a melhor parte da teoria é que ela, como o boteco, não tem preconceito!!! Você pode escolher o que quer ser!!!
Teoria quentinha minha senhora!!! Traga a vasilha!!! hahahaha....

.barile disse...

(olha o toppers aprendendendo a semear a discórdia!Boa!)

Ŧóрєrš disse...

Ha, ha, ha... isso é pré-requisito aqui, Fernando.

Ŧóрєrš disse...

"Traga a vasilha!!!", Carol? Ha, ha, ha... isso aí tá parecendo o tiozão do sorvete... "aceitamos Telesena...".

Anônimo disse...

Roubei a idéia dos tiozim da pamonha e do sorvete, e criei a minha própria de mim mesma!!!! Gostou?? Acha que vende?? hahaha...

Ŧóрєrš disse...

Opa! Mesmo porque eu odeio originalidade.