Estudantes, eu os amo, por isso vou falar de vocês. O que são os estudantes? Nós podemos dividi-los em dois grupos. Aquele da página 731 do Aurélio: S. 2. g . Pessoa que estuda; discípulo; aluno, escolar – e poderíamos acrescentar – que se preocupa, mesmo quando impossibilitado, em trabalhar, ou o faz efetivamente; e os que descobriram o Aurélio quando a seda acabou. E é deste que eu gosto. Ele é uma forma alternativa de gente, é uma nova espécie cuja característica mais marcante é a involução. Contraditório, não é? Sim, mas esta palavra não passa de um sinônimo nesse caso. Os estudantes que conferem o Aurélio por sua textura e não por seu conteúdo, vieram do Homo Parece Que Sapiens, depois decaíram para o Homo Será Que Sapiens? E hoje, na sua época mais lúgubre, tornarem-se o Homo Nada Sapiens. Uma parcela muita esperta da primeira espécie pode (ou podia) ser encontrada em Brasília – alguns ainda lutam pela ética e moral, o que, nos bons tempos, fazia parte do ideário ideal estudantil. A segunda divisão foi vista pela última vez na Rede Globo, marchando com a cara pintada – que movimento lindo! E assim, como o alinhamento de todos os planetas da galáxia, eles foram um fenômeno raro, curioso e estéril. Talvez a única característica transferida para a atual raça seja a tísica do movimento estudantil, que hoje consiste em juntar um bando de pessoas com bolsas nas costas e reivindicar. Mas o quê? Não importa, o que vale é o movimento e não a idéia. É com encanto que eu analiso acontecimentos passados para me cativar ainda mais com o cenário que me rodeia.
Vamos para o ano 1989, na Praça da Paz Celestial em Pequim, aproximadamente cem mil estudantes marcharam em prol da liberdade, da igualdade, de reformas democráticas e contra a corrupção. O resultado: o nome hipocritamente não alterado para Praça do Caos Infernal e um marco na história, com uma luta digna daqueles que tinham reais motivos para realizá-la. Ah! Realidade! Agora estamos em 2007, São Paulo, cerca de cem estudantes invadem a reitoria da USP, o movimento exige que a reitoria se posicione sobre as medidas tomadas pela gestão Serra no início do ano. Serra afirma que a secretaria foi criada para valorizar as universidades e que o Siafem será utilizado apenas para dar mais transparência aos gastos. Resultados: a destruição da reitoria e o saque de equipamentos. Meus queridos estudantes, não me interessa o que o Serra pensa, não me interessa o que os alunos da USP pensam, o que me interessa é o que vocês fizeram efetivamente. E aí chegamos na questão crucial, um estudante que efetua qualquer porcaria nos dias de hoje. Tudo isso nos faz pensar sobre a proposta do levantamento de um muro ao redor da UEL. Uma assembléia foi convocada para debater quais medidas tomar diante desse tema, chegou-se ao consenso de que não irá se colocar muro! Isso! Nem policiamento! Já estou entrando no espírito! Nem nada! Alguém me arranje uma faixa com qualquer coisa escrita na frente pra eu amarrar na testa! Porque a idéia, que nós defendemos, de um muro só faria com que a UEL se tornasse mais excludente, pois se preza sempre pelo bem estar da comunidade. Mas, vamos convir, se esta preocupação existe, uma muralha, na verdade, só afastaria a chaga dos estudantes da UEL sobre a comunidade. Estaríamos salvando essa gente. Temos que admitir, somente comprando drogas para serem degustadas na hora do intervalo não parece estar ajudando. Além do mais, nós ponderamos, os gastos seriam demais, e existem outros fatores a se considerar, como a própria manutenção das salas, por exemplo. Ora! Alguém grita, então não há uma medida alternativa a fim de garantir a segurança? A gente já negou o policiamento, né? É! Voltar atrás, jamais! Então tenhamos medo da polícia! Junte-se a nós, estudante tipo 1! Caso você tenha um telefone celular, e, da mesma forma, a preocupação em mantê-lo no seu bolso, na necessidade de alguma ligação importante, jogue-o fora, o seu carro estacionado lá fora que já está mais pra van de carona de um certo setor do Centro de Ciências Humanas, deixe-o em casa, ou melhor, venda-o! Esse dinheiro pode ser empregado em causas mais nobres ajudando a comunidade! Já consigo ver, vamos deitar na rua, que visão maravilhosa!
Calma, não há tantos motivos para isso ainda. O problema não está na quantidade, mas na barulheira. Ainda temos sorte de estudarmos na UEL e não na USP. Na nossa faculdade somos compostos na maioria de estudantes tipo 1, é só você entrar nas salas, você os irá encontrar, é só você andar pelos corredores, os que não cheiram a maconha, você os irá encontrar. Agora vá para as ruas, andando de um lado pro outro, loucos por aventuras, por baderna, por comunismo, lá vocês encontrarão meus amados estudantes tipo pedante, que em período de férias não se reúnem. Como um abutre caçador de carniça que, inevitavelmente, está imóvel, eles também o fazem, não há razões para sair de casa a fim de fazer alguma coisa se não iremos perder aula, as coisas não podem ser tão complicadas, porque complicação remete a uma certa reflexão dos acontecimentos e, se fossemos refletir sobre tudo isso, nós só iríamos... é... é... A CANTINA SUBIU O PREÇO DO SALGADO! Estou pronto pra mais uma!
Vamos para o ano 1989, na Praça da Paz Celestial em Pequim, aproximadamente cem mil estudantes marcharam em prol da liberdade, da igualdade, de reformas democráticas e contra a corrupção. O resultado: o nome hipocritamente não alterado para Praça do Caos Infernal e um marco na história, com uma luta digna daqueles que tinham reais motivos para realizá-la. Ah! Realidade! Agora estamos em 2007, São Paulo, cerca de cem estudantes invadem a reitoria da USP, o movimento exige que a reitoria se posicione sobre as medidas tomadas pela gestão Serra no início do ano. Serra afirma que a secretaria foi criada para valorizar as universidades e que o Siafem será utilizado apenas para dar mais transparência aos gastos. Resultados: a destruição da reitoria e o saque de equipamentos. Meus queridos estudantes, não me interessa o que o Serra pensa, não me interessa o que os alunos da USP pensam, o que me interessa é o que vocês fizeram efetivamente. E aí chegamos na questão crucial, um estudante que efetua qualquer porcaria nos dias de hoje. Tudo isso nos faz pensar sobre a proposta do levantamento de um muro ao redor da UEL. Uma assembléia foi convocada para debater quais medidas tomar diante desse tema, chegou-se ao consenso de que não irá se colocar muro! Isso! Nem policiamento! Já estou entrando no espírito! Nem nada! Alguém me arranje uma faixa com qualquer coisa escrita na frente pra eu amarrar na testa! Porque a idéia, que nós defendemos, de um muro só faria com que a UEL se tornasse mais excludente, pois se preza sempre pelo bem estar da comunidade. Mas, vamos convir, se esta preocupação existe, uma muralha, na verdade, só afastaria a chaga dos estudantes da UEL sobre a comunidade. Estaríamos salvando essa gente. Temos que admitir, somente comprando drogas para serem degustadas na hora do intervalo não parece estar ajudando. Além do mais, nós ponderamos, os gastos seriam demais, e existem outros fatores a se considerar, como a própria manutenção das salas, por exemplo. Ora! Alguém grita, então não há uma medida alternativa a fim de garantir a segurança? A gente já negou o policiamento, né? É! Voltar atrás, jamais! Então tenhamos medo da polícia! Junte-se a nós, estudante tipo 1! Caso você tenha um telefone celular, e, da mesma forma, a preocupação em mantê-lo no seu bolso, na necessidade de alguma ligação importante, jogue-o fora, o seu carro estacionado lá fora que já está mais pra van de carona de um certo setor do Centro de Ciências Humanas, deixe-o em casa, ou melhor, venda-o! Esse dinheiro pode ser empregado em causas mais nobres ajudando a comunidade! Já consigo ver, vamos deitar na rua, que visão maravilhosa!
Calma, não há tantos motivos para isso ainda. O problema não está na quantidade, mas na barulheira. Ainda temos sorte de estudarmos na UEL e não na USP. Na nossa faculdade somos compostos na maioria de estudantes tipo 1, é só você entrar nas salas, você os irá encontrar, é só você andar pelos corredores, os que não cheiram a maconha, você os irá encontrar. Agora vá para as ruas, andando de um lado pro outro, loucos por aventuras, por baderna, por comunismo, lá vocês encontrarão meus amados estudantes tipo pedante, que em período de férias não se reúnem. Como um abutre caçador de carniça que, inevitavelmente, está imóvel, eles também o fazem, não há razões para sair de casa a fim de fazer alguma coisa se não iremos perder aula, as coisas não podem ser tão complicadas, porque complicação remete a uma certa reflexão dos acontecimentos e, se fossemos refletir sobre tudo isso, nós só iríamos... é... é... A CANTINA SUBIU O PREÇO DO SALGADO! Estou pronto pra mais uma!
11 comentários:
Aí, Fernando, tô com preguiça de revisar o texto. Qualquer coisa me dá um toque.
certeza?
toopers, sabia q para discutir a pauta ou edições existem outros meios de comunicação, né? (e escolhi dizer isso aki pq direito de resposta é no mesmo canal)
Beleza, mas você num fica online nessa porra de MSN, e eu num vou ligar aí pro monte que lhe aprouver porque fica muito caro.
By the way, volta logo pra cá que tá foda o negócio.
Ah, eu já achei um porre de erros aqui... e você nem pra falar nada... aí eu escrevo um "causau" e você dá cria... Ajuda muito quando as pessoas que participam dessa porra dão uma chamada na gente... mas, pelo visto, isso tira a credibilidade do texto.
Agora, eu espero que esses comunistas aí num tenham PCs, senão, a gente vai apanhar no CCH.
uiaaaa
Caró! Cê num vai postar mais nada no seu blog não, fia?
ahh toperss to cum preguiça...rs
mas vou postar algo nesse fds..eu acho..rs
Os Comunistas até têm computador, mas como tudo é estatal, há um revezamento e cada um tem direito a 1 hora por ano.. é só esperar
ESse eh o amigo... eu posso dizer com orgulho q sou amigo dum cara q tem o dom das palavras (verbal ou nao)e q por momentos nem q sejam infimos, coloca algum senso de intelectualidade em nossas vidas.
vlw topera
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