O jornal Notícias Populares foi um diário publicado em São Paulo, tendo o seu auge na década de 90 e um fim tão trágico quanto suas manchetes, em 2001. Em meio a uma série de conflitos de interesses, o NP notícias, que pertencia ao grupo Folha da Manhã, o mesmo que comanda a Folha de S. Paulo e o jornal Agora, sucumbiu à pressão de alguns dirigentes contrários, principalmente, à política editorial adotada pelo jornal, caracterizada pela total falta de escrúpulos. Saiu das bancas para entrar no folclore do jornalismo brasileiro. O público alvo do NP eram as classes mais baixas, que além de leitores, protagonizavam a maioria das manchetes. Alguns exemplos mais famosos publicados: "Broxa torra pênis na tomada"; "Porco arrota e mata balconista"; "Aumento de merda na poupança"; "Tomou sangue com Aids pensando que era iogurte"; "Homem mata vizinho e cimenta na parede" ou "Pai de família sai pra comprar pizza e volta com azeitona na testa".
A grande diferença do NP era a liberdade poética das manchetes, além de uma estilística diferenciada, totalmente sem censura, que faziam de suas reportagens verdadeiras viagens rumo ao imaginário do leitor. A verdade estava lá, porém, escrita com letras mais grossas que a realidade. Apenas sensacional.
O vídeo abaixo é a primeira parte de um documentário que contém relatos de alguns jornalistas componentes da redação do Notícias Populares. Prepare-se, irá escorrer sangue de seu monitor.