quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Sai de Retro!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Realidade Científica
Muito Amarelo, Pouco Vermelho
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Será?
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
64 Anos com Raul Seixas
A partir de 1974, une-se ao escritor brasileiro mais comercial de todos os tempos para escrever letras alternativas: Paulo Coelho espanta até a mosca da sopa e parte com Raul a disseminar o conceito clichê da "Sociedade Alternativa", uma mistura de anarquia, bordões repetitivos e um porre de cachaça ruim. Em 1976 lança o disco "Há Dez mil anos atrás ", que apresenta dois dos maiores sucessos do cantor, "Maluco Beleza", em parceria com Cláudio Roberto e a música título do álbum, escrita com Paulo Coelho. Pelo menos, era o que informava o encarte do disco. Em uma época na qual o intercâmbio cultural e os meios de comunicações ainda eram obsoletos, as músicas lançadas nos EUA e Europa demoravam anos para chegarem até o público brasileiro. Não para Raul e sua trupe que, com muito dinheiro e tempo livre, viajavam ao norte rumo a novas tendências e inspirações. Porém, no caso de "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás", uma nova interpretação para o termo "inspirado" foi criada. Seis anos antes, Elvis Presley havia lançado em um de seus discos a música "I Was Born About Ten Thousand Years Ago" (ver vídeo acima). Paulo Coelho, anos após a morte de Raul Seixas reconheceu o fato, explicando-se: "Realmente, a música foi inspirada na do Elvis. Era uma maneira de Raul prestar sua homenagem ao seu maior ídolo". Se eu me inspirar em Machado de Assis e lançar, em inglês, um livro initulado "The Posthumous Memories of Bras Cubas", eu teria o crédito pela obra? Bom, em plena década de 70, Raul e Paulo Coelho tiveram. E muito.
A carreira e a própria vida de Raul, a partir do início da década de 80, entraram em uma bipolaridade perigosa entre o êxtase e o ostracismo. Refletidas tanto na sua música, com alternâncias entre sucessos e totais fracassos de vendas, quanto no âmbito pessoal, entre relacionamentos amorosos intensos, fama, solidão e alcoolismo. Em uma de suas últimas entrevistas, o compositor argumentou sobre suas oscilações durante a vida: "Eu chamo isso de reciclagem. E saio lúcido, pois toda vez que eu desapareço, eu volto com novo caminhos abertos". O maior risco de mudar várias vezes de caminho durante uma trajetória é não chegar a lugar nenhum. Raul Seixas foi encontrado morto pela sua empregada em 21 de Agosto de 1989, vítima de parada cardíaca decorrente de uma pancreatite aguda fulminate. Vinte anos se passaram. Desta reciclagem, ele ainda não voltou.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Campanha Fora Sarney: Entre Nessa Onda
Onde Não há Fumaça há Voto
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Mona Lisa sofre Retaliações
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
A Hell Dog of a President
sábado, 1 de agosto de 2009
TV, Minha Preciosa
You Can Stand It, Anyways
sexta-feira, 31 de julho de 2009
The Lightsucker's Path
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Diga-me o que achas, e eu te direi quem és
Muito acima do peso, foi pro bar, pediu uma porção, bebeu sozinha.
No fim da noite chamou a garota da mesa vizinha, perguntou se um dos dois rapazes que estavam com ela não queria companhia. Esperou a resposta pra sempre naquela triste agonia. Ninguém reparou, porque, apesar do tamanho, parecia que ninguém a via.
Cópia patética de alguma música do Chico? Muito pior, não é mentira.
Eu vivi essa trágica situação ontem. Consegui transformar uma pessoa num ser invisível. A italiana, como ela se apresentara enquanto eu não estava. Chegou até a mesa e disse isso, se um de nós não se interessava por uma italiana. Como a nossa auto-imagem é ardilosa. De vários predicados, ela nos sustenta com aqueles que nos mantém vivos. Mas ao mesmo tempo em que exalta os bons, denúncia dolorosamente os maus. Quando ela disse sua suposta nacionalidade, vendeu pra gente a imagem de Monica Bellucci, só que sabia que estávamos comprando um Materazzi. Sabia mesmo. Por isso só pode se resumir como italiana, nada mais, nada menos. O fato é que torcia para que a nossa concepção da palavra fosse melhor que a concepção que tínhamos dela. A palavra ia vender o corpo. Infelizmente, uma imagem realmente vale mais que mil palavras.
Acho que fomos os únicos ali, além dos garçons, que se deram conta de que ela estava lá. A italiana invisível veio me mostrar como sou cego. Pois, só no fim daquela noite, percebi que ela estava o tempo todo lá. Senti que estava naqueles filmes em que uma cena explica toda a história feito um quebra-cabeça, ela era a peça que faltava. A peça que poderia ter ficado perdida para sempre embaixo do sofá.
Eu nem sequer vi essa mulher pessoalmente, mas construí toda essa imagem dela. Vocês não sabem nada sobre ela, assim como eu. Mas vejo que ela lá de sua mesa chegou até a mim como um espelho. Não gostei do que vi.
sexta-feira, 28 de março de 2008
50 Anos de Solidão
"Vai minha tristeza,
E diz a ela que sem ela não pode ser..."
Chega de Saudade, 50 anos